
Guido Dilkin tinha 57 anos
Por Alan Caldas (Editor JDI)
Sim, a vida passa rápido. E a morte do vereador Guido Dilkin, de Morro Reuter, comprova essa triste verdade.
Liderança incontestável no Walachai e arredores, Dilkin foi sempre homem dinâmico e presente não apenas na vida política, onde elegeu-se vereador por 5 vezes. Estava presente em toda a comunidade, seja escolar, saúde, segurança e no seu credo católico, através da comunidade São Nicolau.
Guido Dilkin era um desses homens públicos que, quando precisavam dele, estava sempre presente. Não faltava. Não se negava. Ajudava. Participava. Estendia a mão aos que dele precisavam.
Tinha boa saúde e disposição. E confirmavam isso as tantas ações dele na vida do seu município. Porém, algo estranho aconteceu. Foi no dia 18 de dezembro, data em que os vereadores de Morro Reuter foram Diplomados pelo juiz eleitoral para a nova legislatura.
Após o evento da Diplomação, Dilkin foi com os demais vereadores no restaurante Caverna. Um dos colegas, Lauri Kaefer, o Caçamba, notou que o garfo caiu da mão do Dilkin. O Dilkin juntou o garfo, voltou a se alimentar e em seguida novamente o garfo lhe caiu da mão.
Chateado com o fato, ele disse ao Caçamba que aquilo estava ocorrendo com ele nos últimos dias. Ocorria, também, de estar por exemplo com um chinelo no pé e perder um dos chinelos e continuar andando, sem se dar conta.
Caçamba e os demais amigos se alertaram. Dilkin também se alertou. Foi fazer exames e a fatalidade o encontrou: estava com um tumor no cérebro. Não um simples tumor. Não algo possível de remediar. Algo maior, mais profundo, muito mais grave. Algo que não poderia ser operado. Parece incrível que com tanto avanço médico e tecnológico isso ainda ocorra. Mas ocorreu. E não havia o que fazer.
Dilkin era importante como cidadão e também como político. Foi eleito cinco vezes vereador. E, este ano, os colegas elegeram ele para ser Presidente da Câmara de Morro Reuter. Por tudo isso, sua condição de saúde assustou a ele, obviamente, mas a todos que com ele conviviam.
Imediatamente procurou recursos. Dilkin foi internado no Hospital Santa Rita, em Porto Alegre, a área de oncologia da Santa Casa. Exames de todos os tipos foram feitos. Porém, a conclusão de não ser possível operar o tumor cerebral, vinha de diversos setores. Uma tristíssima realidade.
Dilkin foi mantido por um tempo no Santa Rita, até que, não havendo mais o que fazer, o liberaram para que passasse seus últimos dias em casa, junto aos familiares.
Como as dores se tornaram muito intensas, na última semana Dilkin foi internado no hospital de Ivoti, e ali faleceu no último sábado, dia 29.
Estava com apenas 57 anos de idade. Era homem de bem. Um homem bom. Foi um fim dramático e triste para quem a vida toda se dedicou a auxiliar a comunidade e a se fazer presente gratuitamente sempre que dele precisavam. Vai fazer falta, o amigo Guido Dilkin. E deixará saudades na comunidade de Morro Reuter.