No Dia da Mulher, números mostram que ainda é preciso avançar na igualdade de gênero

08/03/2022
Fonte: Feevale

Fonte: Feevale

No Rio Grande do Sul, apenas no ano de 2021, 96 mulheres foram vítimas de feminicídio. Nesse mesmo período, 32.444 experienciaram ameaças, 18.042 sofreram lesão corporal e 2.148* foram vítimas de estupro – dados que incluem, também, estupro de vulnerável. No dia 8 de março, quando é celebrado o Dia Internacional da Mulher, dados como esses ajudam a visualizar a dimensão da violência e do quanto ainda é preciso avançar na luta pela igualdade de gênero.

Na Universidade Feevale, o Núcleo de Apoio aos Direitos da Mulher (Nadim), vinculado ao projeto social Centro de Difusão e de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH), atende a casos de mulheres da comunidade de Novo Hamburgo, vítimas de violência contra a mulher.  O núcleo promove a divulgação da Lei Maria da Penha e da Lei do Feminicídio, dando assistência às vítimas de violência, através de encaminhamentos aos espaços de acolhimento e por meio de palestras e materiais de divulgação, como vídeos, fôlderes e depoimentos.

Conforme a professora do curso de Direito, Lisiana Carraro, quando a mulher sofre alguma das formas de violência (física, sexual, psicológica, patrimonial ou moral) ela deve pedir auxílio se dirigindo a algum dos espaços de acolhimento de seu município, como a Delegacia Especializada da Mulher (Deam) ou os Centro de Referência Assistência Social (CRAS). Esses espaços contam com profissionais da área da psicologia, jurídica e da assistência social. “A violência doméstica está na maioria dos lares e não se dá somente em relacionamentos de pessoas com vulnerabilidade econômica ou social, ela acontece em todas as classes sociais. Por isso, a mulher deve saber que não está sozinha e toda a sociedade deve dizer não à violência”, afirma.

Conforme Daniel Sica, coordenador do projeto social Centro de Difusão e de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH), em mais de uma década de atuação, o Nadim se consolidou como uma referência no combate à violência, carregando a identidade comunitária da Universidade Feevale. “Ele é um espaço fundamental para o reconhecimento e fortalecimento dos direitos das mulheres”, completa.

 

Onde buscar atendimentos

Nadim: (51) 3586-9215

E-mail: nucleo@feevale.br

 

Novo Hamburgo:

– Delegacia Especializada da Mulher (Deam) - (51) 3584-5805; (51)3584-5804; NH-dm@pc.rs.gov.br (Rua Julio de Castilhos, 806)

– Centro de Referência Assistência Social (CRAS): contatos em www.novohamburgo.rs.gov.br

 

Unidades especializadas de atendimento à mulher na Polícia Civil do RS

Delegacias e Postos da Mulher, Postos IGP e Salas Lilás e Patrulhas Maria da Penha (confira todos os locais no site ssp.rs.gov.br/observatorio-mulher)

 

Como identificar a violência doméstica?

– Ter medo do companheiro

– Ser agredida e humilhada

– Sentir-se insegura na sua própria casa

– Ser obrigada a ter relações sexuais

– Ter seus objetos e documentos destruídos ou escondidos (celular, carteira de identidade, etc.)

– Ser impedida de sair de casa e de falar com amigos e parentes

– Ser intimidada com arma de fogo ou faca

– Ser forçada a retirar a representação feita na delegacia da mulher

 

Sobre o Dia Internacional da Mulher

Oficializado em 1975, o Dia Internacional da Mulher reconhece o histórico feminino pela busca de direitos, além de proporcionar visibilidade às lutas atuais e diárias. Apesar de ser comumente relacionado com um incêndio em Nova York, em 1911, que resultou na morte de mais de uma centena de mulheres, a data de 8 de março marca um protesto de mulheres operárias contra a fome e a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), na Rússia.

 

* Fonte: Serviço de Informações Policiais/Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul (SIP/Procergs)


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