Desemprego cai para 13,9% no quarto trimestre, mas taxa média de 2020 é a maior da série histórica

26/02/2021
Fonte: Estadão Conteúdo / Agência Brasil

Fonte: Estadão Conteúdo / Agência Brasil

A taxa de desocupação no Brasil teve a terceira queda seguida e ficou em 13,9% no trimestre encerrado em dezembro de 2020, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na manhã desta sexta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A população desocupada chegou a 13,9 milhões de pessoas.

Em igual período de 2019, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 11%. Já no trimestre até novembro de 2020, a taxa de desocupação estava em 14,1%. Em todo o ano passado, a taxa de desemprego média foi de 13,5%. Segundo o IBGE, é a maior da série iniciada em 2012. Já a população ocupada aumentou 4,5% em relação ao trimestre anterior e chegou a 86,2 milhões de pessoas. O número, contudo, representa 8,4 milhões de pessoas a menos frente ao mesmo período de 2019. Na média anual, a população ocupada chegou a 86,1 milhões, o menor contingente da série histórica, e ficou 7,9% abaixo — menos 7,3 milhões de pessoas — da média de 2019.

 

Reação era esperada

O resultado no quarto trimestre de 2020 foi puxado pelo aumento na ocupação em quase todos os grupos de atividades: agricultura (3,4%), indústria (3,1%), construção (5,2%), comércio (5,2%), alojamento e alimentação (6,5%), informação e comunicação (5,8%) outros serviços (5,9%), serviços domésticos (6,7%) e administração pública (2,9%). Apenas transporte ficou estável.

Segundo a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, essa reação do mercado de trabalho no trimestre já era esperada. “O recuo da taxa no fim do ano é um comportamento sazonal por conta do tradicional aumento das contratações temporárias e aumento das vendas do comércio. É interessante notar que mesmo num ano de pandemia, o mercado de trabalho mostrou essa reação”, afirmou, em nota.

 

Outros dados da Pnad

Segundo a pesquisa, a taxa de informalidade passou de 41,1% em 2019 para 38,7% em 2020, o que representa 33,3 milhões pessoas sem carteira assinada (empregados do setor privado ou trabalhadores domésticos), sem CNPJ (empregadores ou empregados por conta própria) ou trabalhadores sem remuneração.

De acordo com o IBGE, outro destaque foi a alta recorde no total de pessoas subutilizadas, que são aquelas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas ou na força de trabalho potencial. Em 2020, esse contingente chegou a 31,2 milhões — o maior da série —, um aumento de 13,1%, com mais 3,6 milhões de pessoas. Os desalentados, que desistiram de procurar trabalho devido às condições estruturais do mercado, chegaram a 5,5 milhões de pessoas 2020, alta de 16,1% em relação ao ano anterior. É também o maior contingente da série anual da Pnad Contínua.


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