Caminhando de mãos dadas há 58 anos

12/06/2021
Neste Dia dos Namorados, conheça a história de amor de Darcy e Lori Engelmann

Neste Dia dos Namorados, conheça a história de amor de Darcy e Lori Engelmann

Vestido com a roupa tradicional de Rei e Rainha do Kerb, função que ocupa há 11 anos, o casal Darcy e Lori Engelmann conta sobre a história deles, sentados no sofá da mesma casa em que foram morar quando decidiram se casar.

Darcy tem 80 anos e Lori está com 82 anos. Com tanto tempo de casados, os dois contam entre sorrisos e olhares de admiração sobre a vida que decidiram levar juntos.

 

Como foi que vocês se conheceram?

Darcy – Nos conhecemos em um baile em Morro Reuter, no antigo salão Mallmann, perto do pórtico da cidade. Ela tinha 19 e eu tinha 17. Já que a gente gostava de dançar, nos conhecemos em um baile e isso continua até hoje. A partir disso, foi baile aqui, baile ali (uma briguinha de vez em quando), e então eu pedi para ir à casa dela.  Quando conheci os pais dela deu muito certo, me dei muito bem com o sogro e a sogra. Depois ela veio aqui na nossa casa, assim foi o começo do nosso namoro.

Quando eu tinha 21 anos, nos casamos; ela tinha 23. Eu primeiro construí minha casinha, depois eu busquei ela para morar aqui comigo; meus pais moravam aqui do lado. E assim começou a nossa vida. Nós moramos na mesma casa desde então, a casa tem 59 anos e nós vamos fazer 59 anos de casados em setembro deste ano. Depois, nós tivemos dois filhos meninos, foram crescendo juntos, a gente foi envelhecendo e eles começaram a namorar. Os dois se formaram na faculdade, casaram, foram morar sozinhos e nós ficamos aqui na nossa casa como eternos namorados.

 

Quais são as diferenças da época em que vocês namoravam para os dias de hoje?

Darcy – Na nossa época não tínhamos telefone, era tudo no boca a boca. Eu ia de ônibus e ela vinha de ônibus também. Não é tão fácil como é hoje, mas a nossa juventude era bonita. Eu acho que a nossa juventude foi melhor do que a de agora; os jovens de hoje não pensam como a gente pensava, hoje em dia é tudo diferente. As coisas não eram tão fáceis, mas o nosso namoro sempre deu certo e o amor e a amizade continuaram a vida toda.

 

Qual a dica para uma relação durar tanto tempo e o casal continuar feliz?

Darcy – O diálogo vale tudo numa relação, não falar quatro ou três palavras e dizer “vamos dar um tempo”. Tem que ter muito diálogo e compreensão, senão não funciona. Tem que falar um com o outro, não brigar e não dormir brigado ou sair da casa um do outro brigados, isso não está certo. Conversar sempre é a melhor coisa porque problemas cada casal têm, e quem diz que não tem está mentindo. A vida a dois nem sempre é tão fácil. Nós também saíamos para dançar, que é uma atividade que nos uniu desde o princípio. Andamos de mãos dadas desde sempre, porque um apoia o outro, mas antigamente não era assim. Em setembro de 2010 nós fomos coroados Rei e Rainha do Kerb, e daí a gente saiu muito. Não só para bailes, mas em encontros para divulgar as festas em Dois Irmãos, e onde estava um, estava o outro. E é para continuar assim.

 

Como vocês acabaram sendo Rei e Rainha do Kerb?

Darcy – Nós fomos escolhidos entre cinco casais, de cinco grupos de idosos, cada grupo apresentou um casal. Fomos escolhidos com júri e passarela com tapete vermelho na Sociedade Santa Cecília. A gente nunca pensou que ia chegar lá: os prefeitos, os secretários, os vices, todos estavam presentes, o professor Miguel (Schwengber) era o nosso prefeito na época. Somos Rei e Rainha do Kerb desde setembro de 2010, há 11 anos, e até agora não trocaram. A gente gosta e sente orgulho de representar Dois Irmãos, nós somos de família de origem alemã e o Kerb de São Miguel celebra essa cultura.

 

Como sabiam que eram as pessoas certas um para o outro?

Darcy – Casamento é uma loteria, mas quando eu fui na casa dela, eu já vi como funcionavam as coisas. Isso logo se nota, ou a pessoa é uma coisa ou não é. Eu logo vi que ela gostava de trabalhar, e eu queria uma pessoa para me ajudar. E foi assim que aconteceu, porque ela trabalhava na roça com os pais e eu também trabalhava com os meus pais na roça. Eu vi quando eu cheguei lá, ela foi tirar o leite das vacas, foi tratar os bichos e era isso que eu queria. Eu queria uma mulher não para ficar em casa, eu queria uma mulher para me ajudar na roça, uma mulher trabalhadora e parceira. E deu certo, a colheita sempre foi boa e conseguimos juntos. Casamos no sábado e na segunda já começamos a ir para a roça juntos durante a semana. A gente plantava de tudo para comer, depois entrou a acácia negra para dar um pouco de dinheiro e fazíamos schmier para vender.

Lori – Eu gostei dele desde sempre também, foi amor à primeira vista.

 

(Por Giordanna Benkenstein Vallejos)


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