Golpe do WhatsApp: como criminosos se disfarçam para pedir dinheiro pelo aplicativo

02/09/2020
Fonte: GaúchaZH

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Depois de crimes cibernéticos envolvendo o auxílio emergencial, clonagem de celulares, falsos depósitos e furtos de cartões, outro golpe tem se tornado mais frequente no Rio Grande do Sul. Trata-se de um estelionato aplicado a partir da criação de um falso perfil de WhatsApp, usado para pedir dinheiro a amigos e familiares da vítima.
Embora o modelo de golpe não seja novo, vem fazendo cada vez mais vítimas, conforme a Polícia Civil, principalmente entre pessoas ativas nas redes sociais, que utilizam o Instagram como ferramenta de trabalho. O fato de a pessoa ter um perfil aberto e com muitas informações sobre vida pessoal e relacionamentos pode facilitar a atuação dos criminosos. O golpe começa a ser aplicado quando os bandidos criam um perfil de WhatsApp com a foto da vítima, possivelmente encontrada em redes sociais. Por meio do aplicativo de mensagens instantâneas, os criminosos entram em contato com amigos e familiares da pessoa, passando-se por ela. Os golpistas informam que o número de WhatsApp mudou e, após algumas trocas de mensagens, pedem uma transferência bancária. A ajuda financeira é solicitada com histórias fajutas, como a necessidade de pagamento a um fornecedor, após a pessoa já ter excedido o limite de transferências bancárias do dia.
Segundo o delegado André Anicet, da Delegacia de Crimes Cibernéticos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), o destino do depósito solicitado costuma ser para contas em Estados diferentes. Para o delegado, uma forma de identificar se a história é, de fato, um golpe, é entrar em contato com a pessoa que supostamente esteja pedindo dinheiro por meio de outro número de telefone, como o do “antigo” WhatsApp.


PREVINA-SE
Os estelionatos cresceram durante o período do distanciamento social no Rio Grande do Sul. No primeiro semestre de 2020, foram 22.183 casos de golpes comunicados à polícia, maior número para o período desde 2002, quando os dados começaram a ser divulgados pela Secretaria da Segurança Pública do Estado. O aumento, em relação ao mesmo período do ano passado, é de 74%. A prevenção ainda é considerada a principal estratégia de combate a esse crime. 


Confira dicas da Polícia Civil para não cair em golpes:
– Não acredite em desconhecidos que lhe abordam na rua ou por telefone. Não acesse links na internet dos quais não tenha segurança. Desconfie;
– Golpistas, em geral, oferecem alguma vantagem para atrair a vítima e têm pressa para obter a vantagem. Fique atento a isso;
– Converse com familiares, amigos ou mesmo gerente de banco se tiver desconfiança. Estelionatários tentam criar meios de impedir que a vítima busque orientação, como mantê-la ao telefone, para que não seja alertada;
– Não faça depósitos bancários e nem recargas de celulares para quem não conhece;
– No caso dos leilões, verifique se os leiloeiros estão cadastrados junto ao Judiciário. As contas para depósito em leilões oficiais não são de pessoa física ou jurídica e, sim, judiciais;
– No WhatsApp, habilite a verificação em duas etapas e não forneça esse tipo de código por telefone. Mas, caso já tenha sido vítima, tente rapidamente deletar o aplicativo, baixar e registrar novamente. Caso isso não funcione, se o PIN for solicitado, insira o número errado até que o app seja bloqueado temporariamente. Avise seus contatos, por meio das redes sociais ou pessoalmente, sobre o risco de alguém pedir dinheiro em seu nome. Comunique a clonagem por e-mail ao WhatsApp (support@whatsapp.com) para que a conta seja bloqueada;
– Caso seja contatado por alguém próximo, dizendo que mudou de WhatsApp, ligue para o número que já tinha da pessoa e confirme isso;
– Em aluguéis de imóveis, desconfie de preços abaixo do mercado, se o dono exigir adiantamento e tiver pressa para que o depósito seja feito ou mesmo se o proprietário não aceitar atender a ligações ou se recusar a receber visita do locatário, para conferir a casa;
Se receber contato por telefonema ou mensagem de familiar pedindo ajuda, certifique-se de que é real. Converse com outros parentes antes de fazer qualquer depósito;
– Se estiver vendendo algo, não entregue o bem antes de ter certeza de que recebeu o valor do pagamento. Depósitos só são confirmados pelo banco após a conferência do envelope. Então, aguarde para enviar a mercadoria;
– Se tiver um familiar ou conhecido idoso, oriente a pessoa sobre os golpes mais comuns e como se prevenir deles;
– Se for vítima, chame a Brigada Militar ou vá até a Polícia Civil. Tente repassar aos policiais o máximo de informações sobre os golpistas;
– Se você sabe quem está praticando golpes, denuncie pelo 197, pelo WhatsApp da Polícia Civil (51)b98444-0606 ou procure a Delegacia de Polícia mais próxima.


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