
Fotos ajudam a contar a história da cidade
Conhecida como a espinha dorsal de Dois Irmãos, a Av. São Miguel não só pode ser caracterizada como o centro de desenvolvimento econômico, cultivo as tradições sociais, políticas e religiosas; mas também como a presença que liga nosso passado com o presente. Basta a qualquer cidadão realizar uma pequena caminhada ao longo de seus 3 km para ter um gostinho do contraste entre as casas modernas e as moradas de nossos antepassados.
De fato, nela nada é absoluto, tanto o passado como o presente estão em pleno equilíbrio. O primeiro permite que não esqueçamos nossas raízes e transmite a consciência de que nada surgiu sem grandes esforços e sacrifícios. O segundo nos transmite nossas responsabilidades em darmos continuidade ao desenvolvimento e prosperidade social.
Dando continuidade ao Travessão Rübenich, a Avenida São Miguel foi aberta na vinda dos primeiros imigrantes alemães, durante a abertura de suas picadas. Além da clássica denominação de “Baumschneiss”, a rua era conhecida ainda no século passado como “Groos-Stross” (Linha Grande), em decorrência do seu longo percurso em linha reta de aproximadamente 3 quilômetros. Durante o século XIX e a primeira parte do século XX, a avenida foi desenvolvendo-se de forma bem gradativa, muitos comércios eram abertos e fechados e, com o passar dos anos, foi surgindo uma comunidade individualizada e organizada.
Já na década de 30, quando a Intendência de São Leopoldo elevou Dois Irmãos à condição de Distrito (4º) a única rua que havia passou a chamar-se “São Miguel”, a pedido dos então conselheiros (vereadores) distritais, para assim homenagear o “Padroeiro São Miguel”.
Um pouco de história
Elli Paula Schneider, moradora há 90 anos na rua, conta um pouco de suas memórias da rua ainda antes da emancipação de Dois Irmãos. “Naquele tempo, as coisas eram difíceis. O dinheiro era escasso, a maioria de nós era agricultores e vendíamos nossos produtos para armazéns que os revendiam para outras cidades. Além disso, a Avenida São Miguel era uma estrada de barro, na qual havia atoleiros que poucas carroças conseguiam passar”, relembra.
De fato, ainda nos anos 30, a São Miguel era conhecida pelos seus atoleiros que ficavam em frente a alguns comércios. Conta-se que esses atoleiros eram tão profundos que animais que neles atolavam algumas vezes eram abandonados e morriam ali mesmo pela incapacidade de serem removidos.
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