
Lívia Fraga da Silva
A médica com especialização em Psiquiatria Lívia Fraga da Silva explica que na pandemia as pessoas estão tendo complicações mais graves relacionadas ao sedentarismo, que gera comorbidades como diabetes, problemas cardíacos e obesidade, e elas normalmente não conseguem enfrentar tão bem a Covid-19 quanto os que praticam exercícios regularmente.
Lívia conta que existem hospitais, inclusive em Porto Alegre, que utilizam cães como acompanhantes terapêuticos para pacientes internados. “O cão serve muito para esse papel, porque muitas vezes ele tem uma atitude de cuidado com o paciente e isso está comprovado que tem benefícios terapêuticos”, comenta. Segundo os padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS), o tempo mínimo de atividade física recomendada são 150 minutos semanais para não ser considerado sedentário. O que dá em média 30 minutos de caminhada em cinco dias da semana.
O fato de o dono levar o cachorro para passear diariamente pode auxiliar na perda de peso, na diminuição da depressão e ansiedade e na melhora da saúde como um todo. Pessoas com depressão podem, inclusive, no cuidado com o animal, deixar as suas dores de lado. Os pais muitas vezes deixam o seu próprio sofrimento de lado pelos filhos e essa dinâmica pode acontecer no cuidado com os animais também.
Em uma corrida ou passeio com o cão, são liberados diferentes neurotransmissores que trazem benefícios físicos e mentais:
– A adrenalina, por exemplo, é liberada aumentando a frequência cardíaca e ajuda na queima de calorias.
– A Endorfina causa a sensação de bem-estar, reduz as dores físicas e a ansiedade.
– A Serotonina, conhecida popularmente como hormônio da felicidade, auxilia na estabilidade emocional e melhora o humor.
– O fato de o exercício estar sendo praticado com o pet também auxilia na liberação da Oxitocina, conhecida como o hormônio do amor e responsável por estreitar vínculos.
(Por Giordanna Benkenstein Vallejos)