Prevenção e autocuidado com HIV é tema de campanha da SES no carnaval

24/02/2025
Fonte: SES / Imagem: Divulgação

Fonte: SES / Imagem: Divulgação

A prevenção e o autocuidado com relação ao HIV, é o tema da campanha alusiva ao carnaval, “Bloco Eu me amo”, lançada pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) nesta semana nas redes sociais. As mensagens são destinadas à população em geral e orientam que as pessoas aproveitem e se divirtam nos dias de folia, mas que se cuidem, fazendo o uso de preservativo e das demais estratégias de prevenção.

A campanha também alerta que é importante que pessoas vivendo com HIV mantenham seu cuidado e tratamento em dia, visto que carga viral indetectável é intransmissível e as pessoas podem viver com qualidade de vida.

 

Confira as dicas do Bloco Eu Me Amo: 

– Use sempre preservativo e informe-se sobre testes rápidos, PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) e PEP (Profilaxia Pós-Exposição), que são medicamentos usados antes ou após relação sexual sem proteção.

– Se você vive com HIV/Aids, continue se cuidando e siga com o seu tratamento. Sempre tem uma estratégia de prevenção que se adapta ao seu estilo de vida. 

– Lembre-se: álcool e drogas reduzem a sua capacidade de lidar com os riscos, então tome cuidado. Se beber não dirija, e se ouvir um não, é não. 

– Mais informações também estão disponíveis pela Secretaria da Saúde no site Atenção Primária/ IST-Hiv-Aids (https://atencaoprimaria.rs.gov.br/ist-hiv-aids).

 

Epidemia generalizada

De acordo com dados da divisão de Doenças de Condições Crônicas, da SES, o Rio Grande do Sul é o 5º estado com as maiores taxas de infecção por HIV no Brasil. A região metropolitana apresenta uma epidemia generalizada das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Isto significa que mais de 1% da população geral, maior de 18 anos, vive com HIV. Em relação a Sífilis, estudos estimam que em torno de 7% da população tem o agravo.

Entre janeiro de 2013 e junho de 2024 (dado consolidado mais recente), o RS registrou 39.686 casos de infecção pelo HIV no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), o que corresponde a 45,24% do total de casos na Região Sul do Brasil no mesmo período (87.716). A análise da série histórica mostra uma tendência inicial de crescimento no número de casos até 2015. No entanto, esse aumento foi sucedido por uma queda significativa de 32,65% em 2020, marcando um período de retração. Posteriormente, em 2021, observou-se uma recuperação parcial, com os casos apresentando um incremento de 10% em relação ao ano anterior. Nos últimos cinco anos, o Estado apresenta uma média anual de 2.633 novos casos.

Quanto aos dados da Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), em 2023 a taxa de detecção no RS foi de 24,4 casos por 100 mil habitantes, representando uma redução de 43,5% em comparação com 2013, quando essa taxa era de 43,2 casos por 100 mil habitantes. Desde 2014, a taxa vem apresentando queda contínua, alcançando o menor valor da série histórica em 2020 (22,2/100 mil habitantes). Em comparação com outras unidades da federação, o RS subiu uma posição no ranking dos estados com os maiores índices, em função do aumento de 1,24%, ficando agora em 5º lugar (1º Roraima - 41,5; 2ª Amazonas- 32,5, 3º Pará - 26,2; 4º Santa Catarina - 25,8 - 5º Rio Grande do Sul - 24,4).

Ao analisar os dados de mortalidade por Aids, o Rio Grande do Sul apresenta valores superiores à média nacional. Em 2023, ao comparar os coeficientes de mortalidade entre os estados, o RS ocupou a 4ª posição com o maior coeficiente, representando 6,3 óbitos por 100.000 habitantes. Destaca-se que em comparação com 2022 houve redução de 13,7%, quando o coeficiente era de 7,3.


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