
Fonte: GQ Brasil
Sabe aquela relíquia que vale à pena ser guardada durante anos? Esse é o caso do vaso chinês. Descrito pela Sotheby’s como uma “obra-prima perdida”, o artefato do século XVIII, feito especialmente para o imperador Qianlong, que governou a China por mais de 60 anos (1735 a 1796), foi vendido por R$ 300 (US$ 56) em 1954, e arrematado por R$ 48 milhões em leilão, em Hong Kong, depois de ser descoberto na companhia de cães e gatos em uma casa de campo na Europa Central.
Os registros da Sotheby’s mostraram que o vaso chinês já tinha passado pela casa de leilões de Londres em 1954 e foi arrematado por R$ 300 (US$ 56). Ele também foi vendido novamente no fim daquele mesmo ano por R$ 545 (US$ 101). O objeto é conhecido como Vaso Reticulado Harry Garner, em nome do colecionador que o possuía antes do leilão de 1954. O objeto em formato de pera tem um design especial: um desenho floral azul e branco pode ser visto através do corpo vasado do artigo. Sotheby’s credita a descoberta ao consultor de arte Johan Bosch van Rosenthal, de Amsterdã, que encontrou o vaso em uma casa de campo de uma idosa de mais de 80 anos. “Seus quatro gatos andavam livremente entre eles”, relembrou. “É um milagre que esse vaso extraordinariamente frágil tenha sobrevivido meio século em uma casa cercada por inúmeros animais de estimação”, disse Nicolas Chow, presidente da Sotheby’s Asia, em comunicado.
O vaso foi inspecionado por especialistas, que o associaram a um item dos arquivos da casa imperial chinesa, anteriormente mantido no Palácio da Pureza Celestial, parte da Cidade Proibida de Pequim.