Fotos da Universidade do Sul da Flórida, em Tampa, após a passagem do furacão
Dois jovens dois-irmonenses que moram na cidade de Tampa viveram de perto a apreensão com a chegada do furacão Milton. Com ventos de 205 km/h, o fenômeno tocou o solo do estado da Flórida por volta das 21h30 de quarta-feira (9), no horário de Brasília, de acordo com o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês).
O furacão chegou na categoria 3, mas foi perdendo força e enfraqueceu para a categoria 1, com ventos de 145 km/h. Na madrugada desta quinta (10), já deixava a região de Tampa rumo a Orlando. Diversas cidades registraram inundações e ao menos 12 pessoas morreram.
João Vítor Dapper, 20 anos, e Leonardo Melara Wolf, 21, estudam na Universidade do Sul da Flórida, em Tampa. João está no segundo ano de Economia Quantitativa e Econometria e Leonardo, no terceiro ano de Economia. Por WhatsApp, João conversou com a redação do JDI na tarde desta quinta-feira, dando um panorama da situação:
Quando o furacão chegou por lá? Vocês tiveram que sair da cidade?
João Vítor – O furacão chegou na noite de quarta lá em Tampa, e permaneceu até o início da madrugada desta quinta. A evacuação não era obrigatória, apenas voluntária. A região em que moramos fica nas áreas C e D do plano de evacuação; apenas as áreas A e B tiveram que ser obrigatoriamente evacuadas. Eu e o Léo fomos para diferentes cidades: ele foi para Weston (FL) com uns amigos, uma cidade que fica ao sul de Tampa e não estava na iminente rota do furacão; eu vim para Destin (FL), uma cidade ao noroeste do estado que estava bem longe da rota do furacão.
Sabe se aconteceu algo na cidade de vocês?
João Vítor – No lugar que moramos, ambos foram privilegiados. Apenas queda de energia que ainda não foi restaurada, mais algumas mínimas regiões alagadas. Entretanto, o retrato de onde moramos é diferente de outros lugares que sofreram mais danos, tanto pessoais como materiais. Nas regiões mais costeiras, teve bastante destruição. Não consigo descrever exatamente, pois os danos ainda estão sendo avaliados. Nas regiões mais costeiras e onde era o epicentro do furacão, tiveram maiores problemas.
Vocês estão bem? As aulas foram canceladas?
João Vítor – Estamos ambos bem. Provavelmente retornaremos para Tampa pelo final de semana. As aulas foram completamente canceladas até esta sexta-feira (11). A faculdade emitiu um comunicado que vai avaliar e averiguar a situação antes de tomar qualquer decisão sobre a sequência das aulas semana que vem.
