
Fonte: AFP / GZH – Foto: Pixabay
O ano passado foi 1,48º C mais quente do que a média da era pré-industrial em todo o mundo, anunciou nesta terça-feira (9) o serviço europeu Copernicus. Esse dado confirma, portanto, que 2023 foi o ano mais quente já registrado na história do planeta Terra, conforme o próprio observatório já havia adiantado em dezembro.
Segundo o Serviço Copernicus para as Alterações Climáticas (C3S), a temperatura global atingiu níveis excecionalmente elevados em 2023. Vários indicadores foram monitorados ao longo do ano, apontando condições recordes, como o mês mais quente já registrado e as médias diárias de temperatura ultrapassando os níveis pré-industriais em quase 2°C, o que é considerado muito.
O ano de 2023 ultrapassou o de 2016, que, até então, era considerado o ano mais quente já registrado. Na época, o C3S registrou uma média de 1,3°C acima dos níveis pré-industriais. O ano “2023 registrou uma temperatura média global de 14,98°C, ou seja, 0,17°C acima do último recorde anual de 2016”, explicou o observatório europeu.
Influência do El Niño
O ano de 2016 foi marcado por um forte El Niño, semelhante a 2023. Segundo o serviço europeu, o fenômeno é um dos principais impulsionadores de condições climáticas extremas.
Ainda de acordo com o observatório, o El Niño continuou no Pacífico equatorial, com anomalias permanecendo inferiores às alcançadas nesta época do ano no evento de 2015. Esse fenômeno, associado ao agravamento das mudanças climáticas, esteve ligado a muitos eventos extremos neste ano, como as queimadas na Amazônia e a chuva intensa no sul do país.
O outono boreal, de setembro a novembro de 2023, no Hemisfério Norte, foi o mais quente já registrado em todo o mundo por grande margem, com uma temperatura média de 15,30°C, ou seja, 0,88°C acima da média.
Na Europa, a temperatura média para entre setembro e novembro de 2023 foi de 10,96°C, ficando 1,43°C acima da média. Isto tornou o outono boreal de 2023 o segundo mais quente já registrado, apenas 0,03°C mais fresco que o outono de 2020.