
Marcas do atropelamento no veículo (Foto: Arquivo JDI)
Quase oito anos após o fato, um homem de 35 anos, acusado por homicídio no trânsito, irá a júri popular nesta quarta-feira (6), no Fórum de Dois Irmãos. O réu é Guilherme Paulo Paetzhold. Ele é acusado de atropelar e matar Maria Senia Fröhlich, de 55 anos, na noite de 1º de dezembro de 2016.
O julgamento, que será comandando pelo juiz Miguel Carpi Nejar, está marcado para as 9h. A acusação de homicídio por dolo eventual, assumindo o risco de produzir o resultado morte, será feita pelo promotor Wilson Grezzana, enquanto a defesa estará a cargo do advogado Nelson da Silva Silveira.
Relembre o caso
O crime ocorreu por volta das 22h30 de 1º de dezembro de 2016, uma quinta-feira. De acordo com informações da Brigada Militar na época, Guilherme seguia em um Sandero prata pela Av. 25 de Julho, na altura do bairro Floresta, em Dois Irmãos, quando atropelou Maria Senia Fröhlich, de 55 anos, a arrastou por mais de 150 metros e a abandonou na Travessa 29 de Setembro. O motorista fugiu sem prestar socorro.
Maria Senia foi socorrida cerca de 20 minutos depois, após ser vista por populares. Mesmo diante de todos os esforços, ela faleceu na madrugada do dia 2 de dezembro, no Hospital de Pronto-Socorro (HPS) de Canoas.
Após o acidente, Guilherme tentou se esconder na casa dos pais, no bairro Vale Verde, mas acabou detido pela Brigada Militar horas após o fato. Foi apresentado na Delegacia de Pronto Atendimento (DPPA) de Novo Hamburgo e autuado em flagrante por homicídio doloso, fuga do local do acidente e embriaguez, sem direito a fiança. Na época, a BM informou que ele se negou a fazer o teste do etilômetro, porém apresentava visíveis sinais de embriaguez.
Da delegacia, foi encaminhado à Penitenciária Estadual do Jacuí. Guilherme foi solto em 9 de dezembro daquele mesmo ano, para responder ao processo em liberdade. A soltura ocorreu após a defesa entrar com pedido de habeas corpus, que foi concedido pelo Tribunal de Justiça.
Câmeras flagraram o crime
O crime foi registrado por câmeras de segurança de uma residência. Elas flagraram o momento em que o motorista arrastou a vítima e também o momento em que ele para, desce do carro e solta o braço dela, que ficou preso na parte dianteira do Sandero. Depois disso, foge.
De acordo com o comandante da Brigada Militar à época, tenente José Francisco Antônio Maria, logo após o acidente o jovem passou cinzas de carvão nas rodas e tentou limpar as manchas de sangue que ficaram no veículo, tentando ocultar as provas do crime.
Câmeras de uma residência registraram o ocorrido