Do preto e branco ao colorido, a história dos fotógrafos da família Vargas

03/05/2022
Jair com a câmera mais antiga que eles possuem e Marcelo com mais atual

Jair com a câmera mais antiga que eles possuem e Marcelo com mais atual

Jair Martins Vargas e o filho Marcelo Castro Vargas são proprietários da Foto Dois Irmãos e formam duas gerações de fotógrafos que vivenciaram juntos mudanças como o surgimento e popularização das fotos coloridas, a ascensão e o fim do filme com as fotos digitais.

Tudo começou quando Jair aprendeu o ofício em Caxias do Sul, sendo um dos poucos e conhecidos fotógrafos da cidade. Ele decidiu vir para Dois Irmãos e abrir seu estúdio. Alguns anos depois, inovou por ser o único que revelava fotos em até uma hora, numa época em que esse serviço poderia demorar até uma semana para ser realizado. Quando Marcelo tinha 10 anos, começou a auxiliar o pai com a iluminação de eventos, e admite que não gostava muito de fazer isso antigamente. “No começo eu não gostava porque era muito pequeno, e quando ia ajudar o pai via meus colegas de aula e ficava com vergonha. Hoje em dia faço porque gosto do meu trabalho”, explica. Depois, com 15 anos, ele tirava as próprias fotos em casamentos e eventos, atividade que segue desempenhando até os dias atuais.

Para Jair, uma grande mudança foi o início das fotografias coloridas. Ele recorda que nos casamentos, já que a foto colorida era mais cara, apenas a foto feita na igreja era colorida e o resto ficava em preto e branco. Com o passar do tempo, a tecnologia se popularizou e a foto em preto e branco virou história. Marcelo foi impactado pela mudança dos filmes para a era digital. “Eu comecei fotografando com filme. Quando iniciou a mudança, nós compramos uma máquina digital e tiramos fotos um pouco com filme e um pouco no digital durante essa adaptação”, relembra ele.

 

Os efeitos da tecnologia

Com o digital, veio a facilidade que a tecnologia proporciona. Antigamente, em um casamento eles faziam aproximadamente 100 fotos. Hoje em dia, podem fotografar mais de 5 mil no mesmo evento, fornecendo mais escolhas para os clientes. Na fase do filme, se a noiva saía de olhos fechados na foto, isso só era descoberto na hora de revelar a imagem. Além disso, não existia edição das imagens, por isso o profissional tinha que ter mais noção dos elementos da fotografia.

Enquanto o digital facilitou o trabalho dos fotógrafos, ele também abriu espaço para uma maior competição de mercado e reduziu o número de pessoas que imprimem suas fotografias. Mesmo passando por tantas mudanças em pouco tempo, pai e filho se adaptaram às diferentes realidades da profissão e continuam entregando a arte de eternizar momentos e sentimentos em imagens para as pessoas.


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