Bombeiros atenderam a 30 incêndios em vegetação em menos de 50 dias

03/03/2022
Foram 18 ocorrências no município, sete em Morro Reuter e cinco em Santa Maria do Herval (Foto: Arquivo JDI)

Foram 18 ocorrências no município, sete em Morro Reuter e cinco em Santa Maria do Herval (Foto: Arquivo JDI)

No período de 1º de janeiro a 16 de fevereiro de 2022, o Corpo de Bombeiros de Dois Irmãos atendeu a 30 ocorrências de incêndio em vegetação. Dos casos, 18 foram registrados em Dois Irmãos, sete em Morro Reuter e cinco em Santa Maria do Herval, segundo dados divulgados pelo órgão de segurança pública.

Conforme os bombeiros, os incêndios ocorreram entre 14h e 17h, indicando que o horário de maior incidência solar esteve correlacionado com o horário da maioria das ocorrências. Em um dos incêndios, os bombeiros tiveram que atuar com baldes de água, uma vez que o local era de difícil acesso e o caminhão não conseguia se aproximar da área atingida pelo fogo.

Além dos bombeiros, o Departamento de Meio Ambiente também vem acompanhando as ocorrências de fogo em mato. Chefe do departamento, Álan Kuhn demonstra preocupação com a situação e ressalta que a prática é criminosa. “Essa prática é proibida no município e consta em legislação municipal, Lei 1671/1999, Art. 28 – Fica proibido: IV- atear fogo em florestas, restos de culturas, campos nativos e demais formas de vegetação”, reforça, pedindo a colaboração das comunidades e maior conscientização das pessoas.

Abaixo, confira entrevista com Álan, na qual ele reforça as consequências e as penalidades para estes casos. 

 

Locais dos incêndios

– Dois Irmãos: União (2), Floresta (3), Bela Vista (3), São Miguel (1), Portal da Serra (1), Primavera (2), Estrada Sapiranga (2) e Estrada Campo Bom (4).

– Morro Reuter: Centro (2), Belvedere (3) e VRS 873 (2).

– Santa Maria do Herval: Vila Amizade (3) e Padre Eterno (2).

 

ENTREVISTA

 

Quais as consequências dos incêndios em mato?

Álan – Esse tipo de ocorrência causa vários tipos de danos e variam de acordo com o local do ocorrido. Além da fumaça, prejudicial à saúde, o meio ambiente em si sofre bastante tanto na perda de flora nativa como na morte de algumas espécies de animais.

 

Toda vez que ocorrem estes incêndios, os proprietários da área são multados?

Álan – Sim! Quando somos avisados por meio de denúncias ou pelo Corpo de Bombeiros Militar, após levantamento dos danos causados além da fumaça, o responsável é notificado de sua conduta e multado. O valor da multa varia conforme o tamanho da área e se houve outros danos ambientais em decorrência da queima. (A arrecadação das multas é destinada ao Fundo Municipal de Defesa do Meio Ambiente.)

 

Além da multa, há alguma outra consequência para os proprietários?

Álan – Sim! Sendo constatada a queima de vegetação nativa ou em áreas de preservação, o responsável deverá recuperar a área degradada, com o auxílio de um técnico, apresentando relatórios anuais ao Departamento de Meio Ambiente, durante 4 anos.

 

Há algum período no qual ocorreram mais incêndios em mato? Por quê?

Álan – Acontecem durante o ano todo, mas principalmente no verão, em função do fogo ser mais “efetivo”, o que no inverno dificulta pela umidade.

 

Após apuradas as situações, a maioria são incêndios criminosos?

Álan – Todos os incêndios são criminosos, pois essa prática não é permitida, ressalvadas situações de emergências sanitárias, reconhecidas por órgão competente do Estado, conforme § 3.º, Art. 19 do Decreto n.º 38.356/1998.


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