
(Foto: Arquivo JDI)
Passados mais de 15 anos, um homem acusado por homicídio doloso no trânsito irá a júri popular nesta quinta-feira (3), no Fórum de Dois Irmãos. Com início previsto para as 9h, o julgamento será comandando pelo juiz Miguel Carpi Nejar.
O réu é Fábio Luís Oberherr, de 44 anos. O crime pelo qual será julgado ocorreu no dia 15 de outubro de 2009, há quase 16 anos. A demora se deu em razão de recursos solicitados por acusação e defesa, assim como também devido à pandemia.
De acordo com a denúncia realizada pelo Ministério Público em outubro de 2010, naquele dia Fábio conduzia um GM/Omega, quando, no trecho entre Dois Irmãos e Morro Reuter, na BR-116, perdeu o controle do veículo, que colidiu contra uma árvore e capotou. Seis pessoas estavam no carro. Duas morreram. Ademir José Honig, 39, morreu na hora. A segunda vítima fatal, Mauri Jair Krewer Hertz, 28, faleceu horas depois, no Hospital de Pronto Socorro de Canoas. Além deles e de Fábio, estavam no veículo Cristiano Frederico Dilly, Airton José Krewer e Luciano Petry. Cristiano ficou com sequelas devido ao acidente.
De acordo com o Promotor de Justiça Wilson Grezzana, representante do Ministério Público, o réu assumiu o risco de matar ao conduzir o veículo sob efeito de álcool e em alta velocidade. Além disso, teria negado entregar a direção a um dos amigos, alegando que “era motorista de caminhão”. O promotor também reforça que a pista estava molhada no momento do acidente, o que, por óbvio, exigiria ainda mais cuidado por parte do condutor. “Ele não queria matar os amigos, mas, a partir da sua conduta, assumiu o risco de produzir o resultado morte”, ressaltou o promotor, reforçando as questões que levaram à denúncia por homicídio doloso.
Em matéria publicada sobre o acidente na época, o JDI informou que, conforme registro da Polícia Rodoviária Federal, “foram recolhidas duas garrafas e uma lata de cerveja vazias e uma sacola térmica no momento que o motorista tentava dispersar os produtos na rodovia”. Na ocorrência, consta, também, que um policial rodoviário e um bombeiro militar constataram que o motorista apresentava hálito etílico.
A defesa do réu será feita pelos advogados Pablo Schabarum e Maria Eduarda Vier Klein.