Fifa vê queda da média de gols como sinal de evolução da Copa Feminina

18/08/2023
Fonte: ge / Foto: Fifa

Fonte: ge / Foto: Fifa

Em encontro com a imprensa internacional nesta quinta-feira (17), em um hotel em Sydney, seis membros do Grupo de Estudos Técnicos (GET) da Fifa destacaram o aumento na competitividade apresentada na Copa do Mundo Feminina de 2023.

O Mundial deste ano, que terminará no domingo (20) com a decisão entre Inglaterra e Espanha, às 7h (horário de Brasília), mostrou uma queda na média de gols: 2,58 por jogo, contra 2,77 em 2019 e 2,79 em 2015 (considerando apenas os 90 minutos de partida). Também houve até aqui 23% de empates (igualando a média de 2015, contra 12% em 2019) e um aumento de times terminando as partidas sem sofrer gol: 43%, contra 33% em 2019 e 30% em 2015.

Além da técnica norte-americana Jill Ellis, chefe do GET, participaram do encontro com a mídia internacional o ex-goleiro suíço Pascal Zuberbühler, a treinadora australiana Belinda Wilson, a ex-jogadora neozelandesa Kirsty Yallop, a treinadora mexicana Mónica Vergara Rubio e a treinadora sueca Anna Signeul. Para Jill Ellis, esses números confirmam a evolução física e tática das seleções. Este foi o primeiro Mundial Feminino disputado por 32 países – as duas edições anteriores tiveram 24 seleções, e as demais, 16.

– Acho que o jogo evoluiu em vários países e nós tivemos a melhor Copa Feminina de todas. A qualidade dos jogos superou as expectativas. Não há mais aquela distância enorme que víamos entre as seleções. Isso mostra que se você dá chance a mais seleções, você vai ver cada vez mais essa distância diminuindo – declarou Jill, que escolheu a seleção de Marrocos como o grande destaque, por ter alcançado a fase de mata-mata em sua primeira Copa do Mundo.

O ex-goleiro suíço Pascal Zuberbühler destacou a grande Copa do Mundo das goleiras. Ele elogiou especialmente a espanhola Cata Coll, não apenas pelas atuações mas principalmente pela maturidade, observando que ela tem 22 anos e fez sua estreia na seleção espanhola nesta Copa, assumindo o lugar de Misa Rodríguez nas oitavas de final.

– O posicionamento dela é incrível, assim como a maneira como ela se envolve com o jogo da equipe - disse ele, que acompanha a carreira de Cata Coll desde o Mundial Sub-17 de 2018, quando ela foi eleita a melhor goleira da competição.

O desenvolvimento das goleiras foi também um ponto elogiado pelo GET e considerado um dos motivos de ter havido menos gols nessa Copa, junto com a evolução tática defensiva das equipes. Embora tenha havido um aumento de finalizações na direção do gol nesta Copa (7,62 por partida, contra 7,14 em 2019), o Mundial 2023 apresentou um aumento de defesas por partida: 71,2% (contra 68% em 2019).

 

MUITOS LEGADOS

Perguntada pelo ge sobre o legado que esse Mundial deixa, Jill Ellis afirmou que a qualidade do jogo e a evolução das seleções mostraram que “o investimento leva ao resultado”.

– Não é mais uma questão de se perguntar se “devemos investir” e sim “por que não investir” no futebol feminino. A Fifa decidiu fazer a Copa em dois países, no Hemisfério Sul, e houve tanto barulho sobre isso, mas tudo que esperávamos ver aconteceu – disse ela.

Para Anna Signeul, o grande legado dessa Copa foi a competitividade apresentada pelas seleções e a total imprevisibilidade nas partidas. Já Belinda Wilson destacou o envolvimento das crianças com a Copa do Mundo, incluindo meninos.

– Em dez anos não estaremos mais discutindo a questão de gênero, e esse para mim é o legado.

Kirsty Yallop concordou com ela, destacando também os estádios cheios, incluindo nos jogos na Nova Zelândia.

– No futuro, as crianças vão considerar normal ver mulheres jogando futebol – disse ela.


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