Policial militar salva vida de bebê engasgado em Dois Irmãos

16/08/2023
Pietro se encantou pelos patchs da farda da soldado Führ. O pequeno completa 1 aninho na próxima quinta-feira, dia 24 de agosto

Pietro se encantou pelos patchs da farda da soldado Führ. O pequeno completa 1 aninho na próxima quinta-feira, dia 24 de agosto

Um bebê de 11 meses que estava engasgado foi salvo por uma policial militar, na sexta-feira (11), em Dois Irmãos, através da Manobra de Heimlich. Nesta terça-feira (15), entre sorrisos e agradecimentos, a soldado Jocele Führ reencontrou o pequeno Pietro de Lima Soares.

O reencontro ocorreu na Unidade Educativa Esperança, da Fundação Assistencial de Dois Irmãos (FADI), onde aconteceu o incidente na semana passada. Mãe de Pietro, Sabrina Santos de Lima agradeceu a soldado Führ, que salvou a vida do seu filho, e também às educadoras, que realizaram manobras e correram para buscar ajuda. “Conseguiram salvar o nosso gurizinho”, diz ela, contando que Pietro é uma criança muito ativa e sorridente. “Ele só para quando dorme”, conta, aos risos.

Do colo da mãe, Pietro trocou muitos sorrisos com a soldado Führ e encantou-se pela farda, demonstrando curiosidade, principalmente, pelos Patchs do brasão da BM e da bandeira do Rio Grande do Sul. “Já pensou sermos colegas um dia?”, brincou a soldado.

 

“Poder ajudar é o melhor sentimento que há no mundo”

A soldado Führ ingressou na Brigada Militar em 2012 e esta foi a primeira ocorrência de engasgo atendida por ela.

Mãe de um menino de 1 ano e 5 meses, a policial relembra emocionada os momentos de tensão vividos na sexta-feira. Segundo ela, era por volta das 17h30 quando a educadora Cindel dos Santos chegou correndo ao quartel para pedir ajuda. O quartel fica bem em frente à unidade educativa onde ocorreu o fato, na Av. Sapiranga. “Ela tocou o interforne e pediu ajuda, dizendo que havia um bebê engasgado”, conta a soldado, que naquele dia atuava na função de Rádio Operadora. “Chamei o estagiário para acionar a SAMU pelo 192 e solicitar a guarnição enquanto acompanhei às pressas a professora até a unidade”, lembra.

Naquela hora, havia poucas pessoas no local. “Quando cheguei, ele estava visivelmente com dificuldade para respirar, com vermelhidão na face, já sem forças para chorar, engasgado com o próprio catarro”, conta a soldado, que imediatamente iniciou a Manobra de Heimlich. Ela conta que realizou a manobra quatro vezes, até que a criança expeliu catarro e começou a respirar um pouco melhor.

Sem tempo para esperar o socorro chegar, Pietro foi levado ao Pronto Atendimento 24h no carro da coordenadora da unidade, Vânia Caratti Hahn. Juntas, ela e a soldado Führ removeram o menino. “Era hora de pico, com muito movimento. Tivemos que andar na contramão e fazer sinal com o braço para fora do carro, para pedir passagem”, conta a soldado Führ, que, com a criança no colo, também tentava chamar a atenção dos motoristas. “No caminho, aos poucos ele foi se recuperando, respirando normalmente. Chegou a dormir no meu colo”, lembra, emocionada. A policial conta que apesar de uma corrida contra o tempo, tentou manter a calma, uma vez que precisavam chegar bem ao posto de saúde.

No Pronto Atendimento, Pietro logo foi socorrido pelos enfermeiros. “Imediatamente iniciaram a aspiração”, conta a soldado, que permaneceu no local acompanhando a ocorrência. Naquele momento, a família também já havia sido acionada. Felizmente, tudo terminou bem.

Mantendo a calma e aplicando o que aprendeu em treinamentos da BM, a soldado confessa que, ao retornar para o quartel, foi tomada pela emoção. “Na hora, sabia que tinha a responsabilidade de fazer o possível para salvá-lo, mas depois, é inevitável não se comover. Sou mãe e também tenho filho pequeno. Me emociono, porque logo penso nele”, diz ela, entre lágrimas. “Poder ajudar é o melhor sentimento que há no mundo. Depois que tudo passou, só agradeci a Deus por ter dado tudo certo”, completa.

 

Momentos de aflição

De acordo com a coordenadora Vânia, ao perceber que o menino estava se engasgando, uma das educadoras realizou a Manobra de Heimlich, mas sem sucesso. “Ela chamou ajuda e eu também tentei, mas também não consegui; foi quando corremos para pedir ajuda na polícia”, lembra, contando que foi a primeira vez que passou por esta situação. “Recebemos treinamentos, mas quando isso ocorre de verdade, é muito desesperador”, comenta. “As educadoras tiveram a atitude certa, que é a de pedir ajuda”, reforça a soldado Führ, ressaltando que a vida de Pietro foi salva graças a uma soma de forças entre ela e as educadoras.

Diretora da FADI, Cassia Schmitz destaca que a equipe recebe capacitações e treinamentos constantes para saber como agir em situações como esta e elogiou a atitude das educadoras, que prontamente buscaram ajuda. “Nós somos o que amamos, e o que amamos são as nossas crianças”, completa.


Coordenadora Vânia, Pietro com a mãe Sabrina, soldado Führ e a monitora Rafaela Ribeiro


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