Depois de quase morrer, Gringo está de volta ao seu táxi

14/09/2022
Por Alan Caldas – Editor

Por Alan Caldas – Editor

Seu nome, poucos conhecem. É José Simch. Mas de apelido, o “Gringo”, e de profissão, taxista, toda Dois Irmãos sabe quem ele é.

Taxista por 32 anos e com ponto na São Miguel, em frente a Cult e Paludo, o Gringo é uma das pessoas mais conhecidas de Dois Irmãos. Fala com todo mundo. É extremamente bem informado. Tem muitos amigos e clientes.

Meses atrás o Gringo não estava se sentindo bem. Passou a não sentir o gosto da comida. Se comia, sentia um “amargor horrível”, disse ele. “E nem água conseguia beber sem sentir um gosto ruim”.

Uma amiga reparou que ele estava “meio amarelo”, e pediu que fosse dar uma olhada naquilo. O Gringo se olhou no espelho do carro e se viu amarelão. Assustado, foi ao médico. Fez exames. E constataram que estava com problema “na bílis”, disse ele.

Após idas e vindas, acabou internado no Hospital São José, em Dois Irmãos, onde aguardou por uma vaga no hospital de Taquara.

Passou um dia. Passou dois. Passaram-se vários e então foi transferido para o hospital de Taquara. E lá, segundo o Gringo, ele ficou 41 dias. “Os piores da minha vida até então”, conta ele. E nunca lhe diziam exatamente o que realmente tinha.

Ao final de 41 dias, foi mandado para casa e voltou a Dois Irmãos. Não tendo melhorado, o Gringo acabou baixando outra vez, e desta na Santa Casa, em Porto alegre.

Chegou na emergência da Santa Casa e diz que ali ficou por 5 dias, sem tratamento. Então o transferiram para um quarto com outras 6 pessoas, onde o Gringo ficou por outros 3 dias e, não recebendo o tratamento, resolveu pedir alta e sair. Veio embora.

Avisou a esposa e disse que estava vindo de ônibus. Mesmo fraco e meio cambaleante, foi a pé da Santa Casa até a rodoviária de Porto Alegre. Ali na rodoviária conversou com o motorista do Wendling dizendo que estava sem dinheiro para a passagem, mas que a esposa pagaria em Dois Irmãos, onde ela estaria lhe esperando.

Chegou. Foi para casa. Se sentia nas mãos de Deus. Um irmão dele lhe informou que, para o problema que lhe disseram que ele tinha, ele deveria tomar “chá de picão preto”. Disse que isso ajudaria. E o Gringo começou a tomar.

Misteriosamente foi melhorando. E já voltou ao trabalho. No primeiro dia ficando um pouquinho e indo para casa. Mas desde a quarta-feira, 8, voltou ao trabalho em horário normal, no seu táxi.

Sente-se bem, disse ele, hoje cedo em seu ponto. Falou que tinha 90 quilos quando foi para o hospital, e perdeu 30. Mas está recuperando.

Os olhos ainda estão com um certo amarelão, mas bem pouco. “E é quase nada se comparado ao que estava”, brinca ele, sorrindo feliz por voltar à ativa depois de achar que daquela não escapava.

 

Mas o que levou o Gringo a essa situação?

Ele disse que foi detectado com dengue, e como a esposa e outros que conhecia tinham essa doença, ele passou a tomar por conta própria o mesmo medicamento que eles tomavam. Passou a tomar paracetamol.

A dor e o mal-estar que sentia eram muito grandes, disse ele. E para diminuir o sofrimento, ao invés de tomar paracetamol de 6 em 6 horas “passei a tomar de duas em duas horas, por mim mesmo”, contou ele. “E foi isso, pelo que me disseram, que acabou me atacando o fígado”.

Agora o Gringo segue no picão preto. “Estou fazendo um tratamento de índio”, brinca ele. Mas diz que está se sentindo muito bem e que inclusive já está começando a recuperar os 30 quilos que perdeu durante a doença.


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