Recorde: solar e eólica atendem 12% da demanda mundial de energia em 2022

12/04/2023
Fonte: Um Só Planeta

Fonte: Um Só Planeta

Um dos maiores desafios para o mundo aplacar a febre do clima é reduzir as emissões do setor energético, ainda altamente dependente de combustíveis fósseis, como petróleo e carvão, vilões do aquecimento global. Um estudo inédito da consultoria Ember divulgado na noite de terça-feira traz boas perspectivas para essa virada de chave, a ponto de acenar para uma “nova era de declínio das emissões do setor de energia”. E traz ainda o Brasil como destaque, liderando reduções no setor no ano passado.

O estudo mostra que, pela primeira na história, fontes de energia eólica e solar supriram 12% da demanda mundial de energia, acima dos 10% de 2021. Isso resulta dos investimentos crescentes dos países em fontes de menor impacto ambiental na busca pela descarbonização do planeta. Segundo o relatório, as energias eólica e solar cresceram entre 15 e 20% ao ano na última década, tendência que segue em ritmo ascendente. “O mundo tem suprimentos abundantes de energia eólica e solar, e este relatório documenta como, por meio de inovação técnica e execução de políticas, essa abundância foi convertida em fornecimento de energia. Muitas vezes a um custo menor do que os combustíveis fósseis e mais rápido do que outras fontes de eletricidade limpa”, diz um trecho da pesquisa.

O relatório analisa dados de eletricidade de 78 países, representando 93% do consumo global de energia, o que inclui os principais países e regiões emissores de CO2, responsáveis por mais de 80% das emissões globais de CO2. Com a maior presença das renováveis na matriz energética mundial no ano passado, a intensidade de carbono da geração global também declinou e o mundo teve a “eletricidade mais limpa de todos os tempos”.

Juntas, todas as fontes de eletricidade limpa (renováveis e nucleares) atingiram 39% da eletricidade global. A geração solar aumentou em 24%, tornando-se a fonte de eletricidade que mais cresce há 18 anos sem parar, enquanto a geração eólica cresceu 17%. O aumento da energia solar global em 2022 poderia ter atendido à demanda anual de eletricidade de África do Sul, e o aumento da geração eólica poderia ter alimentado quase todo o Reino Unido.

 

Brasil lidera queda de emissões no setor

De acordo com o relatório, as emissões globais associadas à geração de energia aumentaram 1,3% no ano passado, atingindo 12,4 bilhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente. As emissões cresceram principalmente na China e na Índia, puxada pelo aumento da demanda por carvão. E na Europa, que viu seu tabuleiro energético revirar com a guerra da Rússia e Ucrânia, as deficiências foram atendidas em parte pela energia do carvão, o que aumentou as emissões em países como Alemanha e Espanha. Nos EUA, que também sentiu o baque energético com a guerra, as emissões aumentaram pela intensificação do uso do gás.

A maior queda absoluta no setor de energia foi vista no Brasil, que reduziu as emissões em 36 milhões de toneladas de CO2, seguido do Chile (- 6,3 mtCO2), Austrália (- 4,6 mtCO2) e Vietnã (-10,5 mtCO2). Nesses países, a análise observa que as emissões reduziram porque houve maior contribuição de fontes renováveis na matriz, e não devido à queda da demanda de energia, como aconteceu na Ucrânia e Turquia, que também registraram quedas expressivas de emissões, de mais de 10 milhões de toneladas de CO2.


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