Vereadora volta a questionar seriedade da bancada governista na Câmara

07/03/2024
Sheila também criticou a administração municipal

Sheila também criticou a administração municipal

Na sessão de segunda-feira (4), a vereadora Sheila da Silva (PT) retomou a questão do seu requerimento rejeitado na semana passada. O documento solicitava que fosse remetida cópia dos relatórios produzidos pelo Órgão Central do Sistema de Controle Interno em 2023. Na oportunidade, ela questionou a seriedade do Poder Legislativo, e agora reiterou não entender a incoerência dos colegas da situação.

– A justificativa, com perdão da expressão, ‘furada’ que foi me dada, é de que era muito trabalho. Isso não faz o menor sentido, até porque os servidores que integram o Sistema de Controle Interno não passam o dia escrevendo relatórios. O mais triste é que negaram o acesso às informações depois de terem concordado e ajudado a aprovar uma emenda ao projeto de Lei que tornava obrigatório o envio destes relatórios para a Câmara. Esta é mais uma incoerência, não entendo por que a rejeição: talvez por medo que o povo saiba o que está sendo apontado de errado pelo controle interno; talvez não querem ninguém fiscalizando. Mas esse é o nosso papel, de fiscalizar, de cobrar que os serviços funcionem e que sejam para todos, com transparência. Pois digo novamente: está faltando seriedade aqui na Casa quando se veta uma emenda que diz respeito à transparência – protestou.

A vereadora insistiu na ‘falta de seriedade’, citando descasos com a habitação popular, a situação das serventes de escola e o bloco cirúrgico da Emergência 24h.

– É um bloco cirúrgico que não funciona, instalações que, quando chove, chove pra dentro. Três anos se passaram e ele continua não funcionando; só foi inaugurado. É o legítimo ‘elefante branco’: na verdade só falta a tromba, porque branco ele já é. Falta seriedade também quando mandam muitos secretários e chefes de setor e departamento abandonarem o serviço e ir fazer um espetáculo de início de uma construção de uma ponte, sabendo que todo o dinheiro para a construção veio de um empréstimo de R$ 10 milhões, e que quando as gestões que vierem forem pagar essa dívida, a ponte terá custando quanto? Perto de R$ 15 milhões? Falta seriedade, falta respeito ao dinheiro dos contribuintes – disse Sheila.

 

Situação contesta vereadora

Ederson Bueno (MDB) rebateu a colega:

– Essas dificuldades são de conhecimento do prefeito e da gestão pública. O que não se pode esquecer é que não se tem orçamento para realizar todas as coisas. A maioria da comunidade sabe quais são as dificuldades que a gente tem, a comunidade tem inteligência suficiente para entender quais são os pontos que a gente precisa melhorar no município. Do mesmo jeito que a nossa comunidade consegue enxergar quais são as coisas boas. Vir aqui apontar o problema é fácil, mas conseguir solucionar todos de uma vez é impossível – comentou.

Ele também defendeu a construção da nova ponte sobre o Arroio Feitoria.

– É uma obra importantíssima, há muito tempo almejada. Acredito que a Câmara de Vereadores teve uma importância em viabilizar toda a questão do empréstimo via Badesul, lembrando que as taxas são bem baixas. Lembrando também que o município tem dinheiro em caixa, dinheiro aplicado, e com o que se recebe, digamos assim, de ‘dividendos’, de juros sobre capital, cobre e sobra para pagar as parcelas do empréstimo. O município também não pode se descapitalizar, uma vez que a gente acabou de passar por uma enchente... Se o município se descapitalizar e passar por uma outra tragédia ambiental, por exemplo, vai tirar recursos de onde? – questionou.

Celina Christovão (MDB) lembrou que o financiamento não é apenas para a ponte.

– Tem outros reparos que serão feitos. Nós vamos pagar juros, mas ao menos vamos ter um patrimônio que há tantos anos estamos esperando – afirmou.

Nilton Tavares (PP) rebateu a questão do Sistema de Controle Interno.

– Quando coloca que está sendo cerceado o seu direito de informação, não é uma verdade absoluta. O que os colegas aqui votaram é a questão do acesso ao controle interno, que é interno, como se diz. E nada obsta que o vereador possa ir lá na prefeitura e saber dados da saúde, por exemplo – disse o presidente.


Ederson Bueno (MDB)


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