Moedas de 40 países foram retiradas das Cataratas do Iguaçu, segundo Parque Nacional

06/06/2023
Fonte: g1 PR

Fonte: g1 PR

Moedas de pelo menos 40 países foram retiradas do lado brasileiro das Cataratas do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, em ação alusiva ao Dia Mundial do Meio Ambiente, na segunda-feira (5). Conforme a assessoria do Parque Nacional do Iguaçu, que abriga as quedas, foram retirados 158,8 kg de moedas durante a ação, com o apoio de voluntários e equipes do parque.

A maioria das moedas já estava em processo de corrosão, mas as que ainda possuem valor alcançaram aproximadamente R$ 3 mil. O valor, segundo o parque, será destinado a uma ação ambiental da instituição. Moedas de todos países da América, além de item de países da Ásia, Europa e Oceania foram encontrados, segundo o parque. A baixa vazão das Cataratas do Iguaçu auxiliou na realização do serviço. Na segunda, a vazão estava, em média, em 466 mil litros de água por segundo. A vazão normal é de 1,5 milhão de litros por segundo.

 

Ação prejudica meio ambiente

Jogar as moedas no local, para alguns turistas, é a chance de fazer um pedido, mas para o parque, representa um problema ambiental. Segundo o gerente de sustentabilidade do local, André Machado Franzini, é necessário trabalhar a conscientização dos visitantes para que evitem a prática, tanto de jogar moedas, quanto de outros itens.

“A gente desenvolve essa ação para limpar o rio, porque algumas pessoas vêm para cá e acabam jogando a moeda como uma forma de fazer pedido. Mas o segundo ponto, mais importante, é promover a conscientização dessas pessoas”, explicou Franzini. “Quando vem para cá (Cataratas do Iguaçu) tira fotos, leva boas lembranças e a moeda que ia jogar aqui, pode fazer uma doação para alguma instituição, alguém que está precisando e a gente consegue fazer a preservação dessa maravilha do mundo”, afirmou o gerente de sustentabilidade.

Conforme biólogos, muitas moedas se dissolvem com o tempo e seus metais pesados, como níquel e cobre, causam contaminação da água. Além disso, os animais, especialmente peixes e aves aquáticas, podem confundir as moedas com presas. A ingestão do item gera problemas ao organismo deles.

 

Recolhimento de moedas em outros anos

A prática de recolhimento das moedas é feita uma vez por ano e depende da vazão do Rio Iguaçu. Além de moedas, nas buscas também são encontrados objetos como celulares, crachás, alianças, colares e outros que, de alguma forma são deixados, em sua maioria, por visitantes.

O valor recolhido na segunda (5) chamou a atenção, mas as ações de conscientização sobre os prejuízos ambientais da prática têm surtido efeito. Em comparação ao últimos cinco anos, 2023 teve o menor número, em quilos, de moedas recolhidas. Veja números:

 

2019 - 320 kg de moedas recolhidas

2020 - pandemia

2021 - 329 kg de moedas recolhidas

2022 - 329 kg de moedas recolhidas

2023 - 158,8 kg de moedas recolhidas

 

Segundo ponto turístico mais visitando por estrangeiros

O Parque Nacional do Iguaçu é segundo parque mais visitando por turistas estrangeiros, ficando atrás apenas do Parque Nacional da Tijuca (RJ), onde está o Cristo Redentor. Em 2023, turistas de pelo menos 90 nacionalidades já visitaram as quedas. Argentina, Paraguai, Estados Unidos, Uruguai e França lideram a lista, segundo o parque.


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