Ensinar crianças a cozinhar faz bem para a saúde delas; entenda!

02/02/2023
Fonte: Casa e Jardim

Fonte: Casa e Jardim

Bons motivos não faltam para estimular a presença das crianças na cozinha. Estudos internacionais indicam que explicar aos pequenos de onde vem e como preparar os ingredientes contribui para uma alimentação mais saudável pelo resto de suas vidas. Além disso, promove o elo familiar, incentiva a criatividade e ensina sobre responsabilidade e trabalho em equipe.

O período das férias escolares é, em especial, ótimo para a criançada trocar as panelinhas de brinquedo pelas de verdade – claro, com segurança e a orientação de um adulto a todo momento! “A partir dos 2 anos, já dá para mostrar como mexer a massa de uma panqueca ou como se quebra um ovo. O contato de forma divertida e afetuosa ajuda no consumo de uma maior variedade de alimentos”, afirma a chef e pesquisadora Aline Chermoula.

Mãe de uma menina e um garoto, Aline ministra aulas de culinária para crianças há mais de uma década. Em 2021, lançou o livro Cozinheirinhos da Diáspora, que fala sobre a culinária afro-ameríndia para o público infantil. “A ideia foi atrair os pequenos pela curiosidade, contar histórias e trazer sabores que possam marcar a memória deles”, ela comenta.

Além de boas práticas de higiene e segurança na cozinha, a obra ensina como fazer receitas simples com ingredientes que são herança do continente africano, como abóbora, batata-doce, coco, couve e tamarindo. Há, por exemplo, o passo a passo do bolo de cocada queimada e da mousse de inhame com cacau.

 

TAPIOCAS COLORIDAS

Com viés parecido, de valorizar alimentos típicos da gastronomia brasileira, atua o chef Rodrigo Oliveira, do restaurante Mocotó, em São Paulo. Preparar tapiocas coloridas – com massa de café, cuscuz e beterraba – para a refeição da manhã com seus cinco filhos é uma das oportunidades em que aproveita para passar mais tempo com eles. “A alimentação é um ato cultural e educacional. É importante envolver as crianças para mostrar que a comida não nasce no mercado, mas, sim, no campo, e depois passa por vários processos até chegar ao prato”, ele afirma.

Para Rodrigo, uma das maneiras de tornar a atividade mais atrativa é propor aos pequenos alguns desafios em forma de brincadeira: pesar uma quantidade específica de farinha, quebrar o ovo sem desfazer a gema ou untar uma forma. “Também gosto de incluir meus filhos nas tomadas de decisão, pedindo para eles escolherem qual tempero vamos utilizar, por exemplo. O aspecto lúdico desse momento me permite ensiná-los valores emocionais e até conceitos básicos de matemática, história e geografia”, completa.

 

ESTUDOS

Estimular a participação da criançada no preparo das comidas tem efeitos permanentes. Segundo uma pesquisa da Universidade da Califórnia em Riverside (UCR), nos Estados Unidos, a alimentação na infância impacta a saúde pelo resto da vida. Outro estudo, feito na Holanda e publicado em 2020 no periódico científico Journal of Nutrition Education and Behavior, apontou que as crianças que veem comidas mais saudáveis na televisão tendem a se alimentar melhor – dessa maneira, o contato direto com as panelas pode ser ainda mais vantajoso para o paladar!


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